MALABARISTAS
Objetos desenham formas curvilíneas no ar infectado de mosquitos.
Não muito longe, o pantanal aflito
Grita por socorro no fechado nevoeiro.
Ninguém escuta! Há música e cervejinha
E há risos e mais música e mais cerveja.
A vida se transformou em pantomima.
A morte os surpreende de fininho.
A vida é diversão que se prolonga...
Ninguém se atreve a discordar da maioria .
Recriação da caverna de Platão,
Circo romano
E televisão são alegria.
E alguém escreve: A Idade Média voltou... ou nunca foi extinta?
Os senhores feudais são chamados empresários,
Mas tem as mesmas mordomias.
Hipótese descartada.
Monografias exigem citações
Só doutores tem direito ao pensamento,
O povo é considerado burro (A Terra
É um lugar onde os clones clonam seres clonados).
E o circo continua com poucas variações.
O intruso da monografia está enclausurado,
Os manicômios estão repletos de poetas,
Filósofos, livre-pensadores e outros bichos cavernícolas.
A sociedade aplaude tecno escravos (aptos e bem equilibrados).
Globalização exige competência – com alto grau de astúcia.
É preciso esmagar a concorrência!
Moradores do Terceiro Milênio, viciados em Internet e em fast food.
Escravos da alta tecnologia – tecno escravos,
Números que nascem e morrem ao acaso.
Formatados pelo sistema, fingem ser felizes no espaço
Reduzido de uma tela em branco.
Malabaristas em um mundo escravizado,
Globalização exige competência – com alto grau de astúcia.
É preciso esmagar a concorrência!
Moradores do Terceiro Milênio, viciados em Internet e em fast food.
Escravos da alta tecnologia – tecno escravos,
Números que nascem e morrem ao acaso.
Formatados pelo sistema, fingem ser felizes no espaço
Reduzido de uma tela em branco.
Malabaristas em um mundo escravizado,
Jogam novamente os bastões no ar e o circo continua...
(Poema de Isabel Furini)
(Poema de Isabel Furini)